Li essa frase de passagem pelo instagram e imediatamente minha
mente foi cutucada, acomodando-se lacunas que por hora preencho .
Observei a simplicidade e leveza das palavras ali contidas
mescladas com a profundidade do que se pretendia dizer.
Ter razão e ser feliz nem sempre se coadunam.
Momentos existem em que para se ter um abre-se mão do outro.
A sabedoria enquadrada dessa turbulenta e complexa situação está na sensatez de ter a prudência em docemente “ceder”, elevando a alma sem se sentir superior e escolhendo conjugar o verbo SER FELIZ.
Momentos existem em que para se ter um abre-se mão do outro.
A sabedoria enquadrada dessa turbulenta e complexa situação está na sensatez de ter a prudência em docemente “ceder”, elevando a alma sem se sentir superior e escolhendo conjugar o verbo SER FELIZ.
Ter sempre razão nos impede de alcançar essa meta. Esclareço que pra mim Ser Feliz é ter paz interior, é aceitar os conflitos com mansidão, buscar entende-los como obstáculos a serem galgados e me enxergar como espírito imortal.
E meus amigos, confesso que isso é trabalhoso, todavia nos momentos conquistados o sentimento é leve e suave.
A ânsia em querer ter sempre
razão impede de no calor das “argumentações” enxergar o outro como alguém que pensa, sente
e vive como nós. O EGO algoz e manipulador estorva e bloqueia a amplitude do
saber e partilhar experiências.
“A unanimidade é burra” já dizia Nelson Rodrigues.
Por vezes, o sentimento de gozo e “vitória” conquistada diante de um ponto de vista exaustivamente
debatido é fantasioso e fugaz, visto
serem agregadas a outros como a antipatia e humilhação de afetos
verdadeiros.
Razão é a
capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de
suposições e premissas, sendo que opiniões são percepções, sentimentos e construções
próprios de cada pessoa.
Dessa forma
razão e opinião tem diferente cores, formatos, ângulos e tipos.
Como meta para minha vida me propondo ao exercício pelo
amadurecimento emocional concentrando
minha energia naquilo que posso mudar em mim com foco no aqui e agora.
No livro Psicoterapia a Luz do Evangelho de Jesus, o autor Alirio de Cerqueira Filho dispõe que temos em relação ao tempo três movimentos.
O primeiro é Pós-ocupação - centrada no passado, relacionada com a lamentação em relação a aquilo que passou. Lamenta-se, mas não se corrige.
O segundo movimento é a Preocupação - centrado no futuro, geralmente com atividades que se deve fazer ou com as atitudes que se deve tomar no futuro próximo ou remoto. Oscilando em fantasiar negativamente produzindo assim pessimismo ou cria expectativas maiores que sua possibilidade de realiza-las, gerando um falso otimismo. Ambos causam muita ansiedade.
O terceiro movimento é Ocupação centrada no presente. Gera a resolução de conflitos e problemas. O individuo utiliza toda a sua energia refletindo na melhor maneira de superar os obstáculos que surgem no momento que eles aparecem. O autor pontua que podemos nos ocupar com o passado refletindo sobre o que nos ocorreu, retirando aprendizado para nortear nossas ações e podemos também nos ocupar com o futuros estabelecendo metas, pois o problemático não é pensar no amanhã, é pensar no mal do amanhã.
E é com esse pensamento que parto para
mais uma sequência de exames de rotina no controle da doença com o espírito
mais tranquilo e aberto pacificamente a minha própria compaixão.