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sábado, 31 de março de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

Vó Dita - Bendita ...




Hoje não é dia de santo nem é feriado nacional.

Hoje é dia de gente especial !!!


Daquelas que nos acolhem e nos fazem sentir igualmente especiais.

Quero prestar homenagem a uma pessoa que se dedicou a servir e ajudar às pessoas mais próximas.

Exemplo de vida cristã, tudo que fez foi em prol da família, transmitindo valores e condutas a seus descendentes que não à esquecem jamais.

Hoje somos mais de 400, entre filhos, netos, bisnetos e tetaranetos.

Semeou boas sementes e seus frutos foram colhidos de geração após geração.

Todos possuem consigo o gene herdado dela - pessoas dignas, honestas, trabalhadores e de grande apego familiar.


BENEDITA ALMEIDA TEIXEIRA.

“VÓ DITA – BENDITA”

Há 100 anos nasceu na pequena cidade de Santo Antonio do Leverger, a minha avó materna Benedita Almeida Teixeira.

                                               “ VÓ DITA - BENDITA.”

Mulher humilde e de saber lapidado na vivência empírica da vida.

De postura moldada a semelhança da natureza em si.

Que se doa.

Fazendo a árvore dar frutos e sombras.

A abelha dar mel.
“VÓ DITA – BENDITA”
Cultivou no seu  “breve” caminhar o maior de todos os seus dons:   SE DOAR !!

Assim, o fez -  Por seus filhos, marido, netos e irmãos ...

Se doou sem nunca esperar retribuição.

Afinal, doar não é tirar o que está sobrando, mas fazê-lo de coração e despreendimento.


“VÓ DITA – BENDITA”
Se fosse descrevê-la em adjetivos diria:  candura, ternura, mediação, dedicação e abnegação  ...

Qualidades intrínsecas a sua pessoa.

Sempre pronta a servir.

Acordava cedo, carregava baldes, cortava lenha, paria filhos ...

Exalava compaixão ...

Intermediava conflitos.

Agregava  pessoas.

Com sua simplicidade e lucidez foi esteio equilibrista entre  tantos anseios e devaneios.

Cumplicidade com os filhos.

Respeito e admiração ao marido.

“VÓ DITA -  BENDITA”

Na escola nunca foi.

Vida dura de menina humilde.

Mas, com os filhos já na escola aprendeu o doce sabor das letras.

Benedita é MULHER !!!

Adorava ler fotonovelas e enredos das noticias das revistas da época: “ Cruzeiro”  e  “Contigo”.

“VÓ DITA – BENDITA”
Quiça tivesse escondido sob a pele curtida do tempo, a “persona” de  mulher romântica e sonhadora.

Cozinheira de mão cheia sabia dosar na vida os temperos e condimentos  necessários para com amor e dedicação educar seus 12 filhos.

Companheira valorosa coordenava as finanças e mantinha organizada e  em dia as contas, documentos e gastos daquela imensa família.


Não ousava  discursar ou apenas figurar nas reuniões políticas partidárias realizadas em sua casa.

Não era esse seu papel !!!

Bibelô jamais !!!

Fazia muito mais ...

Acomodava as pessoas, alimentava e bem tratava o eleitorado e principalmente da logística cuidava, para nada faltar ou sobrar e a seu marido agradar.     

Recebeu figurões políticos da época (Pedro Pedrossian, Felinto Muller e outros), que lá passavam para apreciar a comida e companhia de gente simples e acolhedora.                        


“VÓ DITA – BENDITA”
Nos momentos de aperto, ensinou aos seus filhos a repartir com retidão o ganha pão.
Dinâmica e ativa, quando as finanças apertavam , não esperava  o caldo entornar e logo  saia a ajudar a renda familiar aumentar.
Fazia doces, puxa-puxa, vendia leite ...

Quem a via pequenina, de “coquinho”  na cabeça, não imaginava que dali  brotava a força e o alicerce daquela família.


VÓ DITA – BENDITA
 Semeou harmonia e  plantou com o seu exemplo bons frutos, que reproduzem com esmero as lições com ela aprendidas.


VÓ DITA  - BENDITA
Eu a Vi  e a Vejo refletida,  no modo simples e lúcido de cada um desses frutos :

Leopoldina (Di), Mário (Iuca), Maria Auxiliadora (Xadoia), Maria José (Tutu), Alceu (Jajo), Neuza (Naná),  José Raul (Jeca), Osvaldita (Dita), Eloysa (Luca)  e Benedito (Dito).

Parabéns VÓ DITA – BENDITA
Renunciou as palavras e pensamentos negativos
E  sempre acreditou nos valores humanos .


VÓ DITA  - BENDITA
No desenlace de sua vida, grafado em sua lápide deveria estar a frase lançada pela poetisa Cora Coralina:

“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores ...”


PARABÉNS VOVÓ DITA – BENDITA!


PS:  A foto acima foi tirada em 29 de março de 1969 , na cidade de Santo Antonio do Leverger, aonde  eu e minha avó comemorávamos em sua casa, o nosso aniversário, tendo sido eu abençoada por ter nascido no mesmo dia que ela !!!   J   : )))



terça-feira, 27 de março de 2012

Não tem preço !!!







Sou a filha mais velha de uma família de 03 irmãos.



A diferença de idade minha em relação aos meus irmãos é de  03 anos para Guilherme e 12 anos para Victor.



Essa diferença de idade proporcionou relações fraternas diferencias na conduta, porém ambas amorosas.



Com Guilherme disputei espaço, atenção dos pais e divisão de brinquedos.



Acredito que algumas relações fraternais (minoria) já nascem prontas, enquanto que a maioria se desenvolvem com o tempo, quando percebemos que há espaço para cada um na casa e no amor dos pais.



Eu sempre fui muito moleca, gostava de jogar bola, brincar de bandido e polícia, andar de skate e convenhamos quando entramos em loja de venda de brinquedos, as prateleiras masculinas são bem mais atrativas que as femininas ...


Observem ... na ala feminina tem ferro para passar, bonequinhas para alimentar e ninar, jogos de cozinha, vassourinhas ... tudo fixando um esteriotipo de mulher dona de casa.



Na masculina tem jogos, bolas, carrinhos ...  



Nada contra, porém atentem aos detalhes das linguagens subliminares em ambas as prateleiras – menino e menina !!!



Voltamos ao post de hoje.



Até os 12 anos de idade, na disputa entre “poder” ,”espaço” e “força” com Guilherme eu sempre ganhava, até que o fenômeno do crescimento chegou para a nos distinguir - eu parei de crescer (fiquei com 1,60) e em compensação Guilherme espichou e me passou (1.83).



Como mulher talentosa (deixando a modéstia de lado) usei o instinto feminino e resolvi que a partir daquele momento, eu usaria de outra estratégia, pois que não conseguia mas vencê-lo no “mano a mano” -  passei a evitar o conflito direto e as picuinhas típicas entre irmãos ficaram apenas no “verborragia das palavras”.


Não sou boba, né!




Penso que a disputa e a competitividade saudável na infância abrem espaço para autoconhecimento e a percepção de limites e faz parte do crescimento humano, nos ajudando a encarar o mundo e nos enxergarmos não como seres únicos.



Quando o meu irmão caçula – Victor - chegou 12 anos depois, eu já estava entrando na adolescência e minha relação com ele sempre foi de cuidado e proteção.


Ele era o meu irmãozinho/filho, pois enquanto os meus pais trabalhavam, eu ajudava a cuidar dele.



Até hoje, às vezes quando quero chamar  um dos meus filhos - eu troco os nomes, ao invés de chamar " TÚLIO" /"TIAGO", e os chamo de – VICTOR !!!! rsrsrsrsrs


O pior é que as trocas dos nomes estão se tornam mais comuns com o decorrer do tempo, estou ficando velha. Rsrsrss.


Assim, entendo que a relação entre irmãos é experiência diferenciada e única e nos propicia carinho, apoio, ciúmes, inveja, desavença, negociação, brincadeiras e cumplicidade.


E nada como tempo para nos amadurecer e fazer perceber o quanto somos importantes um na vida do outro.


Na adolescência, o nosso relacionamento (Guilherme e eu) se distanciou um pouco, aquela camaradagem em meio aos atritos passou a ser mais rara.



As brincadeiras de bola se tornaram escassas, estávamos nos conhecendo como adultos e nossos corpos se diferenciando, fato que não existia na infância, pois eu era quase um guri !!!! Jogava bola, andava de skate, brincava de luta ...



Quando fiz o intercambio e fiquei um ano fora, ao retornar para casa (com 18 anos de idade) percebi novamente mudança no relacionamento meu com Guilherme, a maturidade havia chegado para ambos e nos tratávamos mais com cumplicidade.



Com Victor e em consequência da diferença de idade (12 anos), eu atuava no papel de irmã mais velha e “cuidadora”, ficando mais próxima a ele, que já estava em idade escolar. E como meus pais precisavam de alguém para leva-lo e busca-lo na escola e nos cursos paralelos (inglês, natação) Eu me prontifiquei e me aproximei mais ao Victor.


Além de ajuda-los nas tarefas escolares (menos artes, pois não sou prendada) e eu o consolava diante de conflitos da infância.



Se pudessem resumir, eu diria que tive uma infância  e adolescência feliz e plena, que me permitiu chegar madura a idade adulta.



Os anos foram passando, eu me casei, Guilherme se casou e me deu uma irmã de coração – minha cunhada Alcedina, Victor se tornou médico ...



Formamos hoje um bom trio, coeso nas conversas sérias e nas mais idiotas também.



Ainda brincamos de um pegar no pé do outro, e quando nos juntamos – ah,  coitado do que será a vítima da brincadeira.


O  nosso amor, o respeito, o apoio e a admiração de um para outro são palpáveis em nosso relacionamento fraternal.


E quando pensei que éramos totalmente bons parceiros, veio em 2005 o câncer e percebi maior grandeza e entrega em  nosso relacionamento.


O apoio integral dos meus pais e irmãos, ao Antonio (meu marido) no que tange aos cuidados de meus filhos somados aos incentivos positivos para minha melhora foram imprescindíveis para minha recuperação.


Enquanto estava na UTI e hospital, eu pude me dedicar integralmente a minha recuperação, pois  estava tranquila mentalmente, sabendo que meus meninos estavam sendo cuidados de maneira amorosa.



 
O diagnóstico dessa doença mexe com a estrutura familiar.


 

É o momento de agregação ou separação.



E graças ao bom Deus, na minha família foi um momento de agregação.



Nos tornamos mais unidos na dor e esse amor se mostrou forte e concreto.


Na verdade sempre fomos muito unidos, tanto é que desde o nascimento do meu 1º filho, todos moramos no mesmo edifício, porém em andares diferente.



O nosso contato é diário, mas cada qual tem sua vida particular e procuramos manter um limite na “intromissão” benéfica entre familiares.


 A doença grave aproxima os membros da família, acionando o processo de socialização com a enfermidade.


“Os sintomas, a perda de função, as exigências de mudança, relacionadas a doença, nos papeis práticos e afetivos e o medo da perda através da morte, tudo isso serve para que a família crie um novo foco interno, contudo esses processos em especial na doenças graves podem também provocar rupturas na familia.” (Carter e Macglodrick -2001)
“Tudo depende da adaptação – pois se aumentam as responsabilidades financeiras, domésticas e emocionais, visto que agora é necessário cuidar do outro e ainda assumir suas responsabilidades” (Carter e Macglodrick -2001).

No câncer, o stress na família é muito grande e a permanente incerteza, esgota a família emocionalmente, pois essa doença é instável quanto ao curso, podendo a cada momento surgir uma melhora ou piora.



Daí, a necessidade dos familiares também revezarem no cuidado do familiar doente.



Li que o papel do “cuidador” não é inato, depende de trabalho interno e revezamento, para não afetar emocionalmente apenas um membro da família, que pode inclusive se tornar doente.   




Eu quero dedicar este post aos meus irmãos Guilherme e Victor e a minha cunhada Alcedina (irmã de coração) pela dedicação, apoio, amor, carinho, incentivo e tudo mais que vem demonstrando a mim e a minha família ( Antonio, Túlio e Tiago).

Muito Obrigado !!! Vocês fazem a diferença e eu os amo !!!!



sábado, 24 de março de 2012

A escolha é sempre nossa !!





Às vezes, durante a "criação" de um "post", eu começo com determinada idéia e no meio do caminho, tal qual pensamento próprio o "post" toma outro rumo ... 


Assim, comecei a escrever primeiro este post  e depois o post anterior, que recebeu o nome  – “Eu envergo, mas ...”, porém durante o processo da escrita deste, o tema tomou rumo aparentemente distinto e decidi salvar este “tema” para momento oportuno.

Hoje surgiu o momento.

Como prêmio por ter que ficar depois do dia 26/03/2012 “de castigo” em casa em razão dos efeitos que advirão da 3º sessão de quimioterapia, resolvi ontem, conceder-me o privilégio de ir ao cinema e convidei para o “evento” uma companhia mais que especial – minha mãe.

Assim, naquela atmosfera agradável do escuro do cinema, com direito a pipoca e refrigerante, assistimos ao filme  “Histórias Cruzadas” ...

O meu interesse pelo filme já era premeditado, pois havia há 02 anos atrás lido o livro que originou o filme, o nome do livro é “A resposta” -  O livro é grosso e mais abrangente, para aqueles que não apreciam leitura, vale a pena assistir o filme que é mais sintético e imediato.  

 A estória se passa na década de 1960 no estado de Mississipi, onde uma jovem recém formada da faculdade de jornalismo retorna a seu lar e decide pesquisar e entrevistar as mulheres negras que cuidavam das “famílias do sul”.

Eram pessoas que dedicavam a vida inteira às famílias brancas e eram tratadas com descaso e desprezo – objetos.

Aponta o filme as relações sociais forjadas e forçadas que as pessoas mantinham em troca de status social.

E de como as amizades sinceras e o apoio “irmão” podem levar as pessoas a superarem traumas, mágoas e dores.


Tudo se tranforma no enredo do filme/livro a partir das decisões tomadas pelas personagens !!

Vale a pena assistir ... uma dica aos mais sensíveis - levem lenços também !!!

Mas o que o filme tem a ver com o post iniciado dois dias antes ???

Bom, coincidente ou não, ambas as histórias - filme e do programa de culinária - são vividas no sul dos Estados Unidos e tecem sobre o problema de preconceito racial e do poder de superação e transformação das pessoas.

Vamos lá, o post iniciava assim ...

Na segunda-feira – 19/03, acordei mais cedo às 4:30 h, estava com insônia e decidi assistir TV com o intuito que o sono retornasse e que eu pudesse voltar a dormir.

Fiquei um tempo sapeando canal por canal, desejosa em descobrir algum filme bom.

Mas nada havia de interessante num rol de 80 canais.


Voltei então ao canal da GNT e descobri que estava passando um programa de culinária do chef de cozinha Jamie Oliver, famoso cozinheiro inglês.


Eu aprecio o programa de Jamie Oliver porque ele sai do "senso comum" desse tipo de programa televisivo - ele é divertido, brincalhão e ultimamente tem usado a "telinha" para incentivar o uso alimentos organicos, bem como tem tentado mudar os hábitos alimentares nas escolas britânicas.


Quero abrir um pequeno parênteses aqui - só Freud explica essa “queda” que eu tenho por programas de culinária, pois nem arroz eu consigo cozinhar direito!!! Rsrsrsrsr

Acho que fico sonhando em ser aquela pessoa ou vendo que parece tão fácil cozinhar, na esperança de quem sabe um dia ...


Sei lá ... coisas da psique humana !!!

Enfim, optei por assistir o programa culinário de “Jamie Olivier” às 5:00 da manhã.

Desta vez, Jamie Oliver estava rodando o programa nos Estados Unidos, mas especificadamente no sul dos Estados Unidos.

O mote do programa era descobrir os segredos dos temperos e gostos da comida sulista americana.


Assim, Jamie (conduzindo um imenso motorhome) e equipe foram passando por diferentes cidades do sul,  trocando experiências, receitas e informações com pessoas simples, na maioria das vezes proprietárias de pequeno restaurantes.

 
O que me prendeu no episódio daquele dia foram os diálogos extraídos por Jamie Oliver com aquelas pessoas simplórias no linguajar, mas ricas em experiências de vida.


Contaram acerca das dificuldades causadas pelo desemprego, do caos do serviço de saúde americano e da recessão que viviam, porém sempre terminavam o depoimento afirmando que acreditavam no amanhã.

 
O programa surfava entre os quitutes confeccionados nos bairros mais requintados de Nova Orleans e a comida servida nos restaurantes negros.

 
A frivolidade encontrada nas conversas entre as damas da high society e a generosidade das informações repassadas pela proprietária de um self-service para pessoas carentes  era dialeticamente oposta.


Uma das histórias interessantes foi contada por uma proprietária de restaurante meio 'self-service" localizado num bairro negro. Essa mulher era extremamente alegre e positiva e mostrou os pratos típicos que servia a comunidade pobre de seu bairro.

Tinha batata doce, milho, nabo, couve, miudezas, rabo de  boi, porco, tripa, canjiquinha, ossobuco, cartilagem e banha.


A proprietária do restaurante explicou para o Jamie, que aquele tipo de comida era denominada  “Soul Food”.


Eu já conhecia o termo inglês chamado “soul music”, que era tipo de música que nasceu do rhythm and blues e do gospel e que é usado como adjetivo em referência a música afro-americano.

Literalmente “Soul” se traduz como alma, contudo, eu nunca havia ouvido o termo “soul"  usado para alimentação " soul food.”

Essa senhora explicou que a denominação “soul food” é muito antiga e vem da época em que os proprietários das fazendas alimentavam seus escravos com os “restos” da comida deles.

Para os escravos  sobreviverem a dureza do serviço braçal  dependiam de alimentação reforçada, assim, tiveram que improvisar e criar refeições fortes oriundas dos “restos” deixados pelo senhor da Casa Grande.

Nessa improvisação criaram refeições “de sustança” ou sustentação para suas sobrevivências - “Soul Food” então é  alimentação que preparada com a “alma”.


Achei interessante o programa e resolvi partilhar a história com meu marido Antonio Carlos.

Após ouvir a narrativa, Antonio me relatou um “causo” parecido contado por sua mãe, onde dizia que em uma fazenda localizada no interior do Mato Grosso do Sul havia um fazendeiro muito sovina, em especial com seus empregados.

Alimentava-se de carne e dava aos empregados apenas o caldo daquela carne cozinhada para comer.

Os empregados usavam o resto, ou seja, a “sustança” retirada do cozimento da carne e as misturava aos legumes e verduras relegados pelo senhor da fazenda.

Assim, os empregados com o “resto” da alimentação eram fortes e saudáveis, pois ali estava concentrado as vitaminas, enquanto o proprietário e familiares estavam anêmicos com toda a fartura.

Se a "estória"  é verdadeira ou não, eu não sei, mas sentido faz !!! rsrsrsrs

 
Fiquei a "matutar" ... analisando que existem pessoas que conseguem transformar migalhas em algo precioso de ser visto, experimentado, admirado e copiado.


Quem não conhece pessoas que possuem energia e força suficientes para mobilizar e transformar a realidade dela própria bem como das pessoas que convivem com ela.


Fazem bazar, cestas básicas, procuram a assistência social ou a igreja, enfim se mobilizam e conseguem transformar a realidade de várias outras pessoas.

A escola de samba Grande Rio no carnaval deste ano desfilou mostrando histórias de superação.


A própria escola é exemplo disso, pois superou o incêndio ocorrido no carnaval de 2011 que destruiu suas fantasias e as alegorias.


No desfile de 2012, a escola de samba contou as histórias de Laers Grael – atleta olímpico que perdeu a perna, João Carlos Martins – maestro e pianista brasileiro que em razão de acidentes e doenças só utiliza 3 dedos para reger e tocar piano, Bethoven que mesmo surdo compôs inúmeras músicas, Ray Charles – músico cego americano, rei da “soul music”, Geordette Vidor – atleta brasileira, que a despeito do acidente que a deixou paraplégica treina a equipe de ginastas.

 
Temos também histórias de superação coletiva, quando lembramos o Holocausto e a recuperação dos judeus, a bomba atômica no Japão e a guinada que os japoneses deram após esse evento trágico com a cultura da paz. O apartheid na Africa do Sul e a história de Nelson Mandela que de preso “político” passou a presidente de um país, mudando a realidade daquele povo.

E quantos heróis anônimos conhecemos ...

 
Uma das perguntas que logo penso quando observo esses exemplos de vida é : o que os motiva? e depois indago o que os diferencia dos demais? - qual é o "plus", o "diferencial". 

Depois analiso que se somos feitos do mesmo “barro” e viemos do mesmo PAI é possível que também consigamos suplantar nossas dificuldades e deficiências.

Dessa forma, somado ao post anterior que fala sobre Resiliência e este que fala sobre o Poder da Decisão, concluo que ambos  caminham juntos.

A transformação depende de nossa mudança, de nos conhecermos intimamente – dos nossos talentos e limitações.



Devemos acreditar que viemos ao mundo para realizar nossos sonhos e projetos de vida, contudo esses sonhos não devem ser vagos, mas um impulso para nossa luta.

Se o sonho se transformar em esperança, seremos apenas sonhadores, nada mais do que isso.

Li a muitos anos atrás o livro chamado “A águia e a galinha"  de Leonardo Boff e ele dizia que devemos  "andar no vale, mas olhando as montanhas."


Ele nos compara a águia, pois viemos ao mundo com a missão de superar todos os obstáculos que se apresentarem.

Assim, temos de todos os dias começar sempre tudo de novo.

Conheço pessoas que vivem da glória do passado e não conseguem aproveitar o presente do hoje.

Vivem com saudosismo e não transformam o momento atual.

Pararam no tempo !!  Desperdiçam a vida ...

Existem outras que se “estagnaram” diante de uma decisão equivocada.

Ao invés de ficarmos parado, sofrendo pela escolha errada, devemos olhar para frente e ver o que “ainda” pode ser feito para atenua-la.

Só mudamos quando decidimos !!!



E a escolha é sempre nossa ...



Não podemos delegar essa escolha a ninguém e nem apontar um fato fortuito como escusa para não tomá-la  ...

Se optarmos pelo comodismo e mesmice não haverá mudança, tudo será sempre igual, mas se optarmos pela inovação, poderemos fazer a diferença!!!

A vida não acabou.


E como diz a canção de Milton Nascimento - Clube de Esquina II  "os sonhos não envelhecem ... " 


Aos amigos recentemente aposentados e a aqueles que já tem tempo para se aposentar, bem como aos inseguros com a profissão  escolhida, pensem que  é sempre tempo de plantar ...


E que decidir é sempre a melhor escolha !!!


“Se você escolhe não decidir, você já tomou uma decisão” – Napoleão Bonaparte

Qual será a nossa escolha ?