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quarta-feira, 26 de junho de 2013

180º, 180º, 360º ...

 
" Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacode a poeira. Deixe de ser quem era e se transforme em quem é ..." Glaucia Hurtado


 

Este post nada tem a ver com a música do arrocha a não ser título emprestado. Na letra da música o cantor se dispõe a ensinar a "mocinha" o “jogo de cintura” para se fazer a volta 180º a 360º com os quadris

 
Neste post quero falar sobre as mudanças de vida e se estamos dispostos a fazer uma mudança  de 180º ou 360º. 
 

Acredito que nos últimos 18 meses andei por caminhos tortuosos e senti emoções fortes e impactantes quanto ao meu futuro e da minha família.

 
O tratamento atual de quimioterapia acabou e  antes de começar um capitulo novo em minha vida, sinto que preciso terminar o antigo, todavia, o difícil é decidir quando essa fase deva chegar ao final. Esse é o "x" da questão.
 
Somos treinados em hábitos que muitas vezes trazem mais mal do que bem a vida da gente, seja trabalhando muito, fazendo atividades que não nos dá prazer, excedendo na comida ou bebida. São hábitos condicionados que de tanto repetidos concluímos que são necessidades e não simples hábitos. 
 
 
 
As incertezas que permeiam minha vida agora estão menos urgentes, pois aprendi a reduzir o grau de expectativas e consequentemente ansiedade. Essas sim, geram stress e nos fazem sofrer pensando no que pode dar errado ou certo antes do problema realmente surgir.

 

Penso que planejar faz parte do cotidiano humano e é fator importante para o sucesso de nossas realizações. Outro ponto é traçar metas com prazos e planos “B” e “C” para não nos perdermos, contudo sem sofrimento caso não seja realizado no tempo planejar.

 

Estar presente de corpo e alma nas ações que planejamos nos ajudam também a enxergar oportunidades e encontrar soluções para imprevistos.

 

Lembro-me que na correria do dia a dia não conseguia me dedicar com prazer a uma atividade, estava sempre me preocupando  com tempo e com o que fazer depois dessa atividade. Corria entre o trabalho profissional e o doméstico (filhos, casa ...).

 

Exaustidão física e mental. Deu no deu ...

 

Diferente da música não pretendo dar uma volta de 360º em minha vida e retornar a mesma rotina e vida, estou mais do que propensa a dar uma volta de 180º.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

E foram felizes ...


                                    E foram felizes ...

 

 

Este post é para saudar o Amor e o compromisso de amar. E em especial é para vocês dois, Victor e Juliana.


Vendo-os ali na cerimônia tão felizes e parceiros, voltei 21 anos atrás, relembrando do meu casamento. Aposto que muitos outros casais também tiveram o mesmo sentimento.

 

Daí surgiu uma reflexão:  qual o propósito de se casar ?

 
O que nos motiva a nos unir e amar alguém que não é nosso parente nem tem nada consanguíneo conosco?

 

Amar alguém às vezes tão diferente de nós mesmos ...

 
Qual é o segredo ?

 
Conforme Marta Medeiros o amor não é uma equação matemática, do tipo eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

 
Ama-se pelo indefinível, pelo mistério, pelo cheiro, pela voz, pelo tormento que o outro provoca e pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

 
Com certeza o sucesso do casamento exige muito mais que declarações românticas. Deve-se respeitar o silêncio do outro, haver camaradagem, dar um tempo pra cada um.


O bom humor é peça chave para de mãos dadas com "jogo de cintura"  aguentarmos às nossa diferenças e os acessos de carência do outro.

 

Se valer a pena deve-se saber levar, o que é uma Arte.

 

Não podemos esquecer que o  Amor deve ser renovado e aperfeiçoado dia a dia. Nós nos modificamos com o tempo e com as experiências colhidas durante a vida e assim é o amor, que também  se modifica com o tempo, todavia aquela chama ou diferencial, a essência que nos tocou e chamou a atenção permanece.

 
Assim o casamento é consequência natural de um relacionamento que está dando certo, porque chega um momento em que não conseguimos mais viver separados. Os sonhos e desejos se misturam, queremos compartilhar a Vida


E a Vida está diante de vocês dois e de todos nós também.

 
Vamos aproveita-la e nos entregarmos a ela, sem medo de sermos felizes ...

 

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                                            O CASAMENTO

 

Momento de felicidade e entrega pairou sobre todos nós que participamos do casamento de Victor e Juliana.

 

O ambiente escolhido ajudava a criar esse clima especial que emanou do local.

 

Estávamos na Chapada dos Guimarães a beira de um penhasco de vista monumental para a natureza, com o tempo aberto e sem nuvens que cooperou para que a cerimônia em si desse certo – sem chuvas ou neblinas e com a certeza da Mão de Deus abençoando todo o enlace matrimonial.

 
O entardecer com a diversidade de suas cores acontecia a nossa frente, uma leve brisa nos socorria e a música ao fundo tocava nossos corações.

 
Emoções a mil por horas, choros discretos, sorrisos cúmplices, enfim o momento esperado ...


Tocam-se as cornetas (literalmente) e a noiva entra de braços entrelaçados com seu pai esbanjando a alegria da ocasião.

 
O noivo emocionado despeja lágrimas contidas de emoção diante da visão da noiva.

 
O sacerdote relembra os acontecimentos do namoro e noivado que redundaram nessa união de Victor e Juliana.


Depois do Sim e das Promessas feitas diante do altar e de Deus, nos dirigimos ao local da festa, o recém inaugurado salão de festa do Atmã Resort.

 
Candelabros e velas que propiciavam um local romântico e aconchegante.

 
Os detalhes das mesas enfeitadas, guardanapos de linho, rosas brancas, tudo planejado e escolhido com coração.

 

O repertório das músicas agradou “gregos e cuiabanos” e fomos embalados com sucessos dos anos 80 e 90, seguidos de um conjunto de samba e encerrou com uma dupla de jovens cantores que agitou com o atual Arrocha”.



Viam-se jovens esbanjando alegria e juventude na festa, destilando companheirismo e cumplicidade com os noivos.

 

Tudo deu certo e sem incidentes ...

 

No dia seguinte, colhida a alegria da cerimônia e da festa, com o corpo ainda “moído” de tanto sacolejar, compartilhamos as “impressões” do casamento.

 

Parabéns aos noivos pelo empenho de realizar um casamento memorável que tocou nossos corações!

 

Que Deus os abençoe e proteja nessa jornada inicialmente a dois ...   

 

domingo, 2 de junho de 2013

Probabilidades, sorte ou azar?




Na semana passada fiquei pesarosa com a notícia veiculada na imprensa acerca do nosso Mão Santa – Oscar Schmitd. Campeão Pan Americano de basquete de 1987 e alguém que possibilitou a mim e muitos brasileiros daquela década a alegria de assistir pela TV a derrota dos EUA para o nosso time tupiniquim.

 

Como guerreiro que sempre foi, Oscar encara o diagnóstico do câncer com uma luta e diz em alto e bom som que ele vencerá a doença e que o câncer escolheu o "cara errado". 

 

O que me chamou atenção em uma das suas declarações para a imprensa foi ter dito que:  "Nunca fumei, bebi, droguei, dopei. Nunca fiz extravagância nenhuma. Uma mulher só. Se tinha um cara exemplo para viver os até os 90  anos, sou eu. Vai entender. Minha vida foi tão bonita, repleta de coisas. Isso aqui, eu vejo o carinho. Nunca tive tanta mensagem de apoio. Nunca soube que era tão querido."
 

 

Obviamente me identifiquei com os sentimentos do Oscar, pois passo por circunstância similar. Nunca fui “avançada”, passei minha adolescência lendo livros de romances. Nunca gostei de beber ou fumar, digo que até tentei ambos para “enturmar” mas não consegui gostar do sabor e cheiro.

 

 

Assim, comecei a analisar a declaração de Oscar acerca de sua vida saudável e em como a sorte, o azar e o provável pode influir na vida de qualquer mortal.

 

 
Vejamos o exemplo dos jogadores de futebol. Antigamente as estatísticas e probabilidades não faziam parte do jogo. Deixava-se para sorte ou o azar a responsabilidade das derrotas e vitórias. Hoje quando o jogador chuta a bola na cobrança de pênalti já lhe foi repassado todas as estatísticas sobre o lado preferido de caída daquele goleiro, assim como o goleiro sabe mediante as estatísticas, da preferência de chutes daquele jogador.

 
 
O que é provável, o que é ponderável, o que é sorte ou azar?

 

 

De acordo com a Wikipedia:

 

 A palavra probabilidade deriva do latim probare (provar ou testar). Informalmente, provável é uma das muitas palavras utilizadas para eventos incertos ou conhecidos, sendo também substituída por algumas palavras como “sorte”, “azar”,  dependendo do contexto

 

Para a neurologistica a sorte é consequência da conduta gerada por um comportamento continuado e insistente, marcante ou não. Falar sempre a palavra "azar" ao invés de "sorte" podem, conforme a teoria, levar ao sucesso ou ao azar por criar toda uma malha de comportamentos derivados da essência neurolinguística da palavra, que contaminaria todo o restante do comportamento. Assim, ela torna-se também uma hipótese de didática, e também uma possibilidade comportamental relacionada ao sucesso.

 

Para o imaginário popular, a sorte é um elemento real, presente e ativo no cotidiano. Porém para a ciência, não há meios de se provar que ela existe realmente, e portanto, é uma denominação adequada a uma sequência de eventos cuja importância fantástica leva a classificação na categoria das ocorrências dominadas pela sorte.

 

 

Inúmeros artigos tem sido escritos nos jornais e revistas e passado na televisão quase que diariamente sobre a necessidade de vivermos uma vida saúdável, com alimentação balanceada, exercícios e longe do cigarro e excesso de bebida.

 

Durante o último ano, tenho ouvido alguns me indagar:” mas como isso foi acontecer com você que não bebe ou fuma e tem vida saudável?”

 
Uns responderiam “azar”, “coisa do destino”, “karma”. Talvez tudo isso e um pouco misturado com sorte.

 
Hoje acredito que se olhar para o lado positivo (e sempre há um lado positivo) tive sorte por ter escolhido consciente ou não uma vida saudável, pois o que seria de mim ao fazer um tratamento de alta toxicidade como esse e veja que já passei por 05 cirurgias, 03 só no ano passado, além das sessões de quimioterapia que faço há 01 ano e quatro meses. Como seria minha recuperação e embate contra o câncer se não tivesse tido uma vida pregressa saudável?

 


De maneira alguma, desejo apontar o dedo para quem viva de maneira diversa. Cada qual sabe de sua vida e responsabilidades, contudo prefiro acreditar na idéia de que podemos fazer novas e boas escolhas.

  
 
Li uma reportagem que falava sobre a sorte. O texto dizia que sorte é acaso, mas que podemos influenciar esse acaso a nosso favor: basta encontrarmos algo lógico naquilo que parece aleatório.  

 

Tecia a reportagem que o ser humano vem fazendo isso há muito tempo. Na questão do clima, por exemplo. Num dia chove, no outro faz sol. Essa alternância não tinha nenhum sentido para os homens das cavernas. Parecia apenas uma questão de sorte. Mas aos poucos, nossos antepassados foram decifrando a lógica daquilo. A humanidade inventou o primeiro calendário, e a partir daí percebeu que existiam anos, meses e estações, épocas em que a probabilidade de chover ou fazer sol é maior ou menor. E isso permitiu que fizéssemos nossa primeira grande invenção: a agricultura.

 

 Sabendo a melhor época do ano para plantar e colher, o homem se tornou capaz de produzir a própria comida. Analisou o que parecia indefinido (o clima), encontrou uma lógica naquilo (as estações), calculou as probabilidades (de chuva ou sol) e as explorou. Em suma: controlou a própria sorte. Isso aconteceu muitas vezes na história (as grandes navegações, por exemplo, só foram possíveis porque a humanidade encontrou lógica no movimento aparentemente aleatório dos astros e das marés).

 

E pode acontecer na nossa vida.


Nós podemos ajudar a nossa própria "sorte" e fazemos isso quando estamos abertos e atentos para ouvir aos sinais que a vida nos dá. A vida é generosa  e ela oferece esses sinais cotidianamente.

Ser "avestruz", enfiando a cabeça no buraco e fingindo que nada está acontecendo, deixando à sorte ou ao azar a responsabilidade dos acontecimentos de nossa vida é compactuar com a derrota.

Então, vamos agir favoravelmente e quando vale a pena ao percebemos que o nosso relacionamento afetivo ou profissional está descambando para o fim  ou quando temos sintomas e não procuramos médicos  para nos tratar, fingindo que o "problema se resolverá sozinho".


Invistamos em nós mesmos!!!

Essa atitude é intrínseca de cada um!!


Ninguém pode fazer por você!
 


Vamos no dia a dia ter a coragem de fazer algo aparentemente muito simples: nos comportarmos como se você fossemos uma pessoa de sorte (e nós somos).


De acordo com a revista uma pessoa é sortuda porque se comporta de maneira sortuda. Como coisas boas acontecem para quem age com otimismo e está aberto às oportunidades, os sortudos se beneficiam de um ciclo virtuoso de sorte: eles se consideram sortudos e, a partir dessa crença, agem do jeito certo para aproveitar a sorte.

 

O azarado se irrita na fila do supermercado, evita conversas com estranhos e, quando aceita trocar algumas palavras com alguém, frequentemente está preocupado com outra coisa - a ponto de não perceber que está diante do amor da sua vida ou de seu futuro empregador. Depois de jogar uma oportunidade fora, evita passar debaixo de uma escada, uma superstição boba e vazia.

 

Enquanto isso, o sortudo aproveita a fila para bater papo (porque as pessoas que se consideram sortudas, como ele, exibem em média 27% maior extroversão em testes de personalidade). E descobre que o cara da frente está vendendo um ótimo carro, justamente aquele modelo que ele queria, na cor que ele queria, e com um preço incrível. Mais tarde, ao contar aos amigos, diz que deu sorte de cair justo naquela fila. Percebeu? Em ambos os casos, a situação e o contexto são exatamente os mesmos. Só muda o que cada um fez deles.

 

 E esse é o segundo eixo da sorte: a capacidade de transformar encontros casuais em situações positivas. Porque sorte é, sim, uma questão de comportamento.

 

Nosso Mão Santa age como igualmente a época de sua vida de atleta, quando se dedicou com afinco ao esporte, tendo foco, superando metas e estatísticas. Não se deu por vencido. Assim reproduzirá essa força na luta para vencer o  “azar” da doença.

 

Ele deve estar se preparando para tirar proveito  e “sorte” de poder aprender, ainda que de maneira “sofrida” um  novo conceito da arte de viver e sobreviver, aprender que se vive o hoje, que não temos total controle de nossa vida, que a vida é simples, que a família é tão importante quanto o ar que respiramos, que devemos nos desobrigar de compromissos que não são nossos e que não podemos mudar, que devemos aceitar que somos falíveis assim como são nossos amigos, conhecidos e familiares, que o perdão liberta, que a vida é linda porém curta e que viver é um Presente de Deus!!!     

 

Então da próxima vez que você perder o voo,  tropeçar na rua, pegar uma fila imensa, se atrasar para o trabalho ou se deparar com algum contratempo que pareça azar, lembre-se, pode ser seu dia de sorte!!!


 

 "