Dolce Far Niente
Do italiano lit. " a doçura de não fazer nada", suave indolência ou relaxamento indulgente, o prazer de estar ocioso.
Foram 10 dias de
ócio mental.
Que delícia ...
Sentada na
cadeira, embaixo de um guarda-sol em frente ao mar, apreciando o horizonte, as
ondas, o vento, o sol, as pessoas que iam e vinham, vendo meus filhos e
sobrinho pularem ondas, levarem “caldos” e depois se intitularem “conhecedores das
ondas”.
Me diverti por
nada a fazer, nem pensar, nem decidir, nem planejar, nem... nem... nem...
Longos e bons
períodos diários passei sem pensar em tratamentos médicos, exames e tudo mais.
Fiquei sentindo
somente o “agora”.
Quando se fez
sol fomos a praia, Corcovado e Pão de Açucar, quando amanhecia chuvoso buscávamos
outras opções: cinema, shopping e Jardim Botanico (embaixo de guarda-chuvas) ...
Temperamos
nossa existência nas férias.
Foram dias
preguiçosos em casa (apto), lendo, ouvindo música, apaziguando “briga” entre
crianças.
E os dias
foram passando e de repente percebi que me sentia leve como pluma, solta, sem amarras ...
Aquela sensação de vida “infinita”
se despontava novamente.
I n f i n i t a
...
Os alarmes e
temores foram desvencilhando do meu ser e a sensação de plenitude tomou conta.
Quando o frescor da percepção
de liberdade invadiu minha consciência, eu me deixe levar, não exigi prazos ou
condições.
Fui ... com ela !!
Assim, sem me
preocupar ou repensar, aproveitei até a último pedaço daquela fruta do INFINITO,
lambi o sugo que escorreu pelos dedos e então olhei para frente.
Sim, para
frente, para o que está por vir ...
Decidi que deixarei os
momentos chegarem de maneira simples, sem datas ou exigências.
E na presença
deles, tomarei as decisões.
Será um exercício
árduo, pois terei que desconstruir uma estrutura e maquinário de vida já
acostumado a viver planejando e aguardando (ansiosa) resultados.
Explico que não
estarei vivendo sem meta ou foco, pois acredito que nos dias atuais é raro
conseguir viver sem cobranças (internas e externas) e compromissos (conosco e
com outros). Temos que planejar, mas quero aprender a FAZE-LO de maneira suave,
sem sofrimento (ansiedade).
E a primeira prova ou lição já aconteceu no aeroporto
quando no retorno dessa brecha de liberdade.
Aguardando a
hora do vôo, começaram a chegar
mentalmente tal qual atração de imã, os compromissos
e as obrigações que eu tinha para comigo e com os “meus”, contudo ao recebe-las, me mantive calma, anotei mentalmente o que era importante e o restante (lixo e apreensões) joguei fora (estão fora do meu controle) e assim a leveza do momento permaneceu comigo.
Acredito que os
excessos e “um pouco mais” do ano passado foram despejados para fora da minha xícara
da vida, aumentando o espaço interno para o NOVO ANO.
E A VIDA SEGUE ....
ps: Não consigo mais inserir imagens no post. O "sistema" mudou e como tenho mais de 20 anos não tenho aptidão para descobrir a nova formula, assim Se alguem souber por favor me ensine.
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