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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O Marujo, o Barco e o Porto.


 
 
 
 
 
A energia proveniente da entrada de um Ano

Novo nos motiva a sonhar, planejar ...

 

 

O tempo parece infinito em seus 365 dias ...

 

 

O marujo em seu barquinho da vida vê o horizonte aberto e radiante ... planos e expectativas.

 

 

E assim ele começa 2013 navegando  sem pressa, sentindo o balançar  das ondas e a brisa quente a bater no rosto.

 

 

A expectativa que acalenta o “espírito da viagem” do marujo é a existência de um Porto Seguro para descansar entre as viagens, todavia conforme a idade que temos cada marujo idealiza o “seu” Porto Seguro.

 

 

Quando criança, o marujinho possui o barquinho “amarrado” sutilmente a barcos maiores (dos nossos pais), assim tendemos a seguir a rota traçada por eles.

 

 

Quando a pujança hedonista da juventude chega e a nossa “sutil” corda é desata dos nossos genitores, começamos a acreditar diante dessa efêmera independência que poderes especiais  nos tornam  super humanos, indestrutíveis e imbatíveis e não desejamos desembarcar em nenhum Porto, mas se o acaso nos faz encontra-lo prematuramente, buscamos imagina-lo que será suntuoso, nababesco, com festas infindas e pessoas alternativas.  

 

Já jovens adultos e depois de algumas tempestades percebemos que algumas cargas foram colocadas em nossa embarcação, tornando o percurso mais vagaroso.

 

 

Percebemos dolorosamente que a  matemática da vida não é conta só de  somar, mas temos que dividir, subtrair e multiplicar para sobreviver, caso contrário poderemos ser dragados pela existência solitária.

 

 

A maturidade chega e com ela visíveis estão as marcas no “casco”  advindas dos arroubos juvenis, das perdas, das vitórias e das superações.

 

 

O marujo aprende que só força e resistência não é suficiente e assim descobre a Resiliência, se moldando às marés e tempestades.
 
 
É certo que vez ou outra, a embarcação já cansada permite a entrada de água, mas o marujo atento logo tapa o buraco e retira a água.

 

 

Como maruja eu busco “Portos” firmes, simples e calmos. Almejo desembarques  leves.

 

 

Ao marujo afoito e despreparado restar-lhe-á  um desembarque tortuoso e tumultuado. E aos insatisfeitos inexistirá desembarque, pois estão sempre a procura de “melhores” Portos.

 

 

Para uns “Porto Seguro” é a família, a religião, o trabalho, os amigos ...

 

Penso que não importa quais sejam os “portos” de cada um, basta que tenhamos a certeza de sua existência em nossa vida.

 

 

Como marujo que já levou alguns tombos da maré continuo preenchendo e traçando minhas cartas náuticas e usando GPS´s modernos , escolhendo a carga correta para a embarcação e bons e fiéis companheiros de viagem.

 

 

A minha batalha continua em 2013 - quimioterapia, contudo nessa semana aportarei no Rio de Janeiro por 10 dias, abastecendo o convés com boas experiências com os meus familiares, para zarpar aprovisionada de Coragem, Fé, Força e Esperança de saúde melhor.

 

 

 

 

 

 

Um comentário:

  1. Serão 10 dias de alegria numa paisagem maravilhosa, com pessoas queridas...Faça valer o seu pleno direito de ser feliz e aproveite cada momento dessas pequenas férias...no olhar para o azul profundo do céu, para a alegria do sol brilhando, para o ir e vir das ondas...pela percepção que cada movimento da natureza é único e perfeito...Até nas prováveis gotas das chuvas de verão que irão refrescar o calor é possível perceber a perfeição Divina.E observe o ir e vir das pessoas...aproveite o seu olhar cada vez mais apurado para "reparar" além de ver... e volte renovada. A próxima batalha será vencida rapidamente e a página virada. Boas férias!!!!Te amo!

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