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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

"Quem tem um "porque" enfrenta qualquer "como." Viktor Frankl







 




“Pode-se tirar tudo de um homem, exceto uma coisa: a última das liberdades humanas – escolher a própria atitude em qualquer circunstâncias, escolher o próprio caminho.” Viktor Frankl

 

Feliz ... Muito Feliz !!!

A Providência Divina facilitou a medicina outra nova chance para que eu possa continuar aqui.

A quimioterapia adjuvante esta ajudando a controlar a neoplasia.

Os exames de imagem que fiz há duas semanas demonstram que nada anormal foi visualizado no organismo.

 É uma alivio tão grande que é difícil expressar em palavras.

Tudo fica mais leve ...

É claro que o medo sempre acompanha e é esse medo “companheiro” que me faz ficar mais alerta e atenta às minhas necessidades e saúde.

Passada a euforia, a vida continua.

 E agora ?

Venho a alguns meses “matutando” com meus neurônios e sentidos buscando um “entendimento” mútuo entre a razão e a emoção acerca da perspectiva de vida que desejo ter AGORA.

Discorri  há uns três posts atrás sobre querer dar um rolé de 180º na minha vida e é nessa busca que me encontro.

A pergunta que faço a mim mesmo é  “ O que me motiva?”

 Motivar vem do latim movere, ou seja mover.   Que  é um impulso interno que leva a ação. Motivação é agir em prol de uma determinada razão ou demanda que nos faz sair de onde estamos e responder a esta necessidade.

Assim busco encontrar em mim novos talentos, antigos talentos adormecidos ou não percebidos anteriormente pela correria da vida.

As minhas necessidades básicas estão supridas. E como diz a música dos Titãs “ A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte...” E muito mais com certeza. (envolvimento, conhecimento...).

A morte é um incentivo para vivermos com responsabilidade, pois a imortalidade nos faria adiar as coisas, não haveria urgência como  já dizia o psiquiatra  austríaco Viktor Frankl.

Em Julho li o livro “ O Diário de Helga” que é o relato de uma menina sobre a vida em um campo de concentração – 1938 a 1945, onde ela sobreviveu ao Holocausto.

O que me tocou nessa história real foi a persistência da narradora que, a despeito das adversidades e crueldades recebidas por ela DECIDIU sobreviver.

Temos conhecimento em nosso dia a dia, seja  através da mídia ou noticiários de relatos de pessoas que passaram por situações extremas, onde o limite de tolerância humana  é testado ao máximo e mesmo assim a pessoa consegue permanecer viva.

O que os motiva a não esmorecer, a continuar a lutar pela sobrevivência ?  Seria reencontrar os familiares, cumprir uma missão, rever a pessoa amada, tudo isso e algo mais?

Penso que o ponto de partida, o botão interno que deve ser acionado quando o sofrimento, a dor e o medo tomam conta do nosso ser é o botão da DECISÃO.

Tenho aprendido isso ao longo do tratamento que faço. Decido lutar ou me entregar, ser feliz ou depressiva ...

Hilel, líder cabalista que viveu no período de Herodes há mais de 2000 anos atrás questionava “Se eu não fizer, quem o fará? Se não fizer agora, quando farei? Se sou somente por mim, quem sou eu?”

Resumindo em palavras ou expressão ultra moderna #vamoquevamo#. Ilude-se quem acredita que viemos para cá só para férias, gozo e prazer. Ledo engano. Temos missão a cumprir, seja ela doméstica ou profissional. 
 
Ainda em minhas leituras descobri acercar da terapia criada pelo médico psiquiatra austríaco Viktor Frankl, que sofreu em um campo de concentração, perdendo a esposa, pais e irmãos.
 
Em que pese a dor e os momentos sofridos por ele, quando foi libertado ao final da 2º Guerra Mundial, conseguiu transpor as perdas e usou das experiências e fatos vivenciados durante a permanência no Campo de Concentração para criar a LOGOTERAPIA. Essa terapia entende que podemos nos erguer das dificuldades, das enfermidades, do vício, da tristeza, do vazio e dos golpes do destino se enxergamos o sentido em nossa existência. A força propulsora e motivacional da vida é descobrir esse sentido e preenche-lo significativamente.   

Cabe-nos escolher entre superar a perda e nos tornar o que queremos ser apesar das circunstâncias ou desistir e nos entregar ao desespero infrutífero e estéril.

Como exemplo cito os atletas paraolímpicos que conseguem transformar situações adversas em triunfo pessoal e exemplo para outros ou a história de um jovem americano de 17 anos que ficou tetraplégico e após acidente disse: “Eu quebrei o pescoço, mas ele não me quebrou.”

É lógico que nem sempre somos livres de escolha e para isso Viktor Frankl disse: “ Quando a circunstância é boa, devemos desfruta-la, quando não é favorável devemos transforma-la e quando não podemos transforma-la devemos transformar a nós mesmos.”

Neste exato momento, enquanto escrevo este post, estou buscando transformar a mim mesmo !!!

 

Um comentário:

  1. Bom dia Carlinha!
    Excelente texto!
    Com certeza revigora qualquer pessoa que esteja desmotivada.
    Abraços e fica com Deus!

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