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terça-feira, 7 de maio de 2013

Baú de Memórias ...



Hoje ao ouvir uma música no CD player de meu carro retrocedi imediatamente aos momentos felizes que desfrutei quando numa festa a dancei junto a pessoas queridas. A música era “Dancing Queen”  do grupo ABBA e o momento foi na festa " Nos embalos de sábado a noite" em que comemorei um niver "a trois" - meu, Flávia e Renata (primas) .

 
 
Comecei a refletir sobre as memórias emotivas ou emocionais que circundam nossos pensamentos que ora nos deixam nostálgicos e felizes, ora tristes.

 
 

Nessa linha de raciocínio fui remetida a algo que vivenciei quando estava internada na UTI por 44 dias em 2005.

 

 

Sem poder me comunicar com familiares, pois estava traqueostomizada, usei das memórias emotivas e de acontecimentos pretéritos para preencher os momentos de solidão e medo oriundo daquele ambiente frio e impessoal.

 

 
Quando a medicação diminuiu e pude distinguir o que era real do que eu via sob efeito dos remédios,  comecei a me lançar bravamente a busca em minha memória emocional de momentos de alegria que havia vivido até ali.

 
 

Aperfeiçoei-me tanto que conseguia sentir odores, como cheiro da chuva ou de quibe frito. E como uma lembrança levava a outra, os dias foram passando e a minha recuperação foi acontecendo, contudo posso afirmar que a Força que sentia em meu Ser (espírito) vinham daqueles momentos recordados e que me enchiam de energia e positividade para querer vive-los novamente.

 

 É lógico que a Providência Divina deve ter assoprado amorosamente em minha mente sugerindo esse exercício diário de recordação a memória afetiva para me restabelecer emocionalmente e me tirar da UTI a despeito de todas as dificuldades da saúde.

 

 
Li que aquilo que aprendemos com o coração/emoção e não apenas com o cérebro (razão/inteligência) permanece gravado em nossa memória pra sempre.



Remexendo meu baú de memórias, lembro que  não buscava necessariamente um grande acontecimento, mas fatos singelos e cotidianos, como rememorar meus passeios no Parque Mãe Bonifácia com meus meninos ... Eu me punha a sentir o calor do sol cuiabano penetrando a pele, o vento morno, escutava a algazarra das crianças no parquinho de madeira que havia ali ...


A sensação era "anestesiante", me resgatava daquele ambiente de bips de aparelhos e cheiro de hospital e me transportava novamente ao convívio humano das sensações e afetos.



Hoje, procuro deixar "gravado" e em "stand by"  bons momentos e quanto aos maus, eu os aciono eventualmente a título de aprendizado.  

 

Sugiro que coloquemos em nosso baú de memórias, bons, verdadeiros e prazeirosos momentos - aqueles desfrutados quando nos dedicamos de “coração” a ele, sem a interferência da TV, do trabalho, das redes sociais e de tantas outras circunstâncias que influem para estarmos conectados a tudo e ao mesmo tempo a lugar nenhum !!

 

Lembrem-se que poderemos sacar nossa memória emotiva “de graça” e  sempre que precisarmos a fim de amenizar as nossas dores do corpo e da alma...  

 

Obs: Para refrigerar a memória, "baixei" a música "Dancing Queen" do grupo ABBA que me deu o "insight" para escrever este post.   

 

 

 

Um comentário:

  1. Já vivenciei essa experiência de buscar algo que pudesse aliviar minha dor, num momento em que precisei fazer uma cirurgia de ressecçao de costela cervical, dor tamanha que sentia que nem a morfina dava jeito... e tive a experiência de conseguir dar cor aos sentimentos e momentos vivenciados, e foi muito bom, me aliviava bastante, consegui dar cor a dor que sentia e também a vários momentos deliciosos pelos quais já passei!!! Bjos Carla

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