Hoje ao ouvir uma música
no CD player de meu carro retrocedi imediatamente aos momentos felizes que
desfrutei quando numa festa a dancei junto a pessoas queridas. A música era “Dancing
Queen” do grupo ABBA e o momento foi na festa " Nos embalos de sábado a noite" em que comemorei um niver "a trois" - meu, Flávia e Renata (primas) .
Comecei a refletir
sobre as memórias emotivas ou emocionais que circundam nossos pensamentos que
ora nos deixam nostálgicos e felizes, ora tristes.
Nessa linha de raciocínio
fui remetida a algo que vivenciei quando estava internada na UTI por 44 dias em
2005.
Sem poder me
comunicar com familiares, pois estava traqueostomizada, usei das memórias
emotivas e de acontecimentos pretéritos para preencher os momentos de solidão
e medo oriundo daquele ambiente frio e impessoal.
Quando a
medicação diminuiu e pude distinguir o que era real do que eu via sob efeito dos
remédios, comecei a me lançar bravamente a busca em minha memória emocional de momentos de
alegria que havia vivido até ali.
Aperfeiçoei-me tanto
que conseguia sentir odores, como cheiro da chuva ou de quibe frito. E como uma
lembrança levava a outra, os dias foram passando e a minha recuperação foi
acontecendo, contudo posso afirmar que a Força que sentia em meu Ser (espírito)
vinham daqueles momentos recordados e que me enchiam de energia e positividade
para querer vive-los novamente.
Li que aquilo que
aprendemos com o coração/emoção e não apenas com o cérebro (razão/inteligência) permanece
gravado em nossa memória pra sempre.
Remexendo meu baú de memórias, lembro que não buscava necessariamente um grande acontecimento, mas fatos singelos e cotidianos, como rememorar meus passeios no Parque Mãe Bonifácia com meus meninos ... Eu me punha a sentir o calor do sol cuiabano penetrando a pele, o vento morno, escutava a algazarra das crianças no parquinho de madeira que havia ali ...
A sensação era "anestesiante", me resgatava daquele ambiente de bips de aparelhos e cheiro de hospital e me transportava novamente ao convívio humano das sensações e afetos.
Remexendo meu baú de memórias, lembro que não buscava necessariamente um grande acontecimento, mas fatos singelos e cotidianos, como rememorar meus passeios no Parque Mãe Bonifácia com meus meninos ... Eu me punha a sentir o calor do sol cuiabano penetrando a pele, o vento morno, escutava a algazarra das crianças no parquinho de madeira que havia ali ...
A sensação era "anestesiante", me resgatava daquele ambiente de bips de aparelhos e cheiro de hospital e me transportava novamente ao convívio humano das sensações e afetos.
Hoje, procuro deixar "gravado"
e em "stand by" bons momentos e quanto aos maus, eu os aciono eventualmente a título de
aprendizado.
Sugiro que
coloquemos em nosso baú de memórias, bons, verdadeiros e prazeirosos momentos -
aqueles desfrutados quando nos dedicamos de “coração” a ele, sem a interferência
da TV, do trabalho, das redes sociais e de tantas outras circunstâncias que
influem para estarmos conectados a tudo e ao mesmo tempo a lugar nenhum !!
Lembrem-se que poderemos
sacar nossa memória emotiva “de graça” e sempre que precisarmos a fim de amenizar as nossas dores do
corpo e da alma...
Já vivenciei essa experiência de buscar algo que pudesse aliviar minha dor, num momento em que precisei fazer uma cirurgia de ressecçao de costela cervical, dor tamanha que sentia que nem a morfina dava jeito... e tive a experiência de conseguir dar cor aos sentimentos e momentos vivenciados, e foi muito bom, me aliviava bastante, consegui dar cor a dor que sentia e também a vários momentos deliciosos pelos quais já passei!!! Bjos Carla
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