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quarta-feira, 13 de março de 2013

Autossabotagem e mudança ...




“Mude, mas comece devagar porque a direção é mais importante que a velocidade.

Veja o mundo de outras perspectivas.

Não faça do hábito um estilo de vida.

Ame a novidade.

Tente de novo todo dia, o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.

Tente

Lembre-se de que a Vida é uma só

Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores de que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.

O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.

Só o que está morto não muda!!”

 

Edson Marques

 

 

 

 

 

 

Hoje acordei bem, tomei café da manhã e notei que o paladar havia voltado, senti o sabor do café, me animei e comi uma fruta e torradas.

 

Li sites da internet, atualizei meu facebook e então quando estava me trocando percebi que não estava sentindo nenhum efeito colateral da quimioterapia, isso depois de 09 dias sob efeitos adversos e diversos...

 



Senti-me SAUDÁVEL

 

 

Amigos, essa palavra e suas demais derivações soam como música gostosa de se ouvir e se sentir.

 

Sentir é “perceber pelos sentidos, ter a sensação, ser sensível a, aperceber-se, ter a consciência de, apreciar o seu estado físico ou moral, crer-se, imaginar-se julgar-se”.

 

Saudável é “que goza de boa saúde, física ou mental, sadio, são”.

 

 

Ao levantarmos, geralmente já temos listas de obrigações, deveres e rotinas a serem cumpridos durante o dia.

 

 

A correria nos impulsiona a não sentir, pois o tempo urge e as cobranças estão por toda parte – trabalho, cônjuge, filhos.

 

 

Sentir, ao inverso denota refletir, pesquisar emocionalmente um sentimento ou sensação para compreendê-lo.

 

 

Sentir-se saudável, é antes de tudo sentir-se bem com seu corpo (físico e mental), é saber ouvi-lo, cuidando e dando atenção a suas demandas, do contrário se reverterá em doenças.

 

 

Não pensamos em Saúde quando a possuímos, a não ser quando ficamos doentes ou conhecemos alguém próximo que ficou doente, daí damos a devida atenção e importância em cultivar Boa Saúde.

 

Acredito que cultivar Boa Saúde é mais que ter boa saúde. Cultivar é formar através da educação, instruir, tornar culto, educar, procurar manter, desenvolver, conservar, interessar-se por. Dessa forma cultivar saúde não é algo momentâneo, da “moda”, mas algo a ser desenvolvido e conservado. Não é para se vivenciar durante uma semana, um mês ou enquanto durar o "regime", mas para toda a vida.

 

Cultivar saúde é mudar padrões de comportamento.

 


E aí meu amigo, vem o x da questão, pois quem está de fato interessado em mudar o X da questão.

  

É quase intrínseco ao ser humano lutar para não mudar, tal qual uma forma de se preservar, sobreviver, ainda que essa forma seja perigosa ou autodestrutiva.

 
 

Visualizando de maneira mais abrangente, temos dificuldade em mudar hábitos e não é só em relação a nossa saúde, mas aos nossos relacionamentos afetivos e profissionais e comportamentos de maneira geral.

 


Quem não conhece alguém que sempre escolhe um mesmo padrão de namorado(a), seja ele (a) agressivo (a), que gosta de trair, ciumento (a) e assim por diante.  Jocosamente dizemos que essa  pessoa tem “dedo podre” para escolha de parceiro (a).

 
 

O nome disso é autossabotagem !!!

 

O mais nebuloso é que essa pessoa ou não identifica esse comportamento ou pode até identifica-lo mas prefere permanecer no erro a aceitar a necessidade de mudança. Assim adia o que é inadiável na esperança cômoda  de que o “tempo” resolverá.

 
 

O tempo resolve algumas coisas, mas a maioria delas depende da nossa ação efetiva e imediata.

 
 

Assim adiamos o início da dieta, da prática de exercícios,  de dormir melhor, de afastar amizades destrutivas, em diminuir o ritmo de trabalho, dar qualidade na atenção com a família ...

 
 

Acredito que o inicio da mudança começa em conscientizar-se e reconhecer essa autossabotagem mediante a assimilação das ocasiões e momentos de autodestruição.

 

Outro pronto é encarar a mudança como aliada ao invés de inimiga, superando e enfrentando a circunstância a despeito do receio do novo.

 
 
A fé em nós mesmos e na nossa capacidade de sermos resilientes é a chave para a abertura de novo caminho. Pode até não ser o ideal, mas já é o começo de transformação.

 

Confesso que algumas vezes me deparo “abatida” e por vezes chateada diante de algumas circunstâncias da minha vida – em especial a certeza de “não controlar” o meu futuro, todavia como exercício de Fé em mim mesmo, respiro fundo, arrumo as ideias, prospecto metas e miro pra frente.

 

Tem dado certo ...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 comentários:

  1. Carla,

    Gostei do teu texto, que se seguiu ao poema Mude.

    Que, aliás, não tem nada de Clarice Lispector!

    Se puder, veja o livro, publicado pela Pandabooks, com prefácio de Abujamra, além do vídeo Mude, no blog http://mude.blogspot.com


    Abraços,

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  2. Puxa Edson o elogio acerca do texto vindo de um poeta como você é bastante gratificante. Eu li na internet sobre a "contenda" da autoria do texto Mude e por isso o coloquei como de sua autoria.

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  3. continuando ... retirando o anteriormente atribuído (Edson/Clarice. Obrigado pela dica.

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