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domingo, 4 de março de 2012

Manhê, o que é planta pictória e desinências ?"







Hoje, acordei e fui “estudar” com meus meninos.

Revisando a matéria com eles, reaprendi sobre o significado de planta pictória (geografia) e  o que eram desinências verbais (português) ...  

Depois, ambos (Túlio e Tiago) fizeram a leitura dos dois livros paradidáticos da tarefa do final de semana.

O livro lido por Tiago foi “ Aí,  Né?  E Depois ?”  e narra sobre a importância de cultivar o uso da imaginação - Ele cursa o 4º ano do ensino fundamental.

E o livro lido por Túlio foi “ A Vitória da Infância” e narra sobre as travessuras dos que ainda são pequenos e o comportamento dos que cresceram, mas continuam fascinados pelo universo mágico no qual viveram. Ele cursa o 7º ano do ensino fundamental.

Que fase da vida deles gostosa de se participar !!
Retornei então, nostalgicamente, as experiências vividas do antes e do depois da maternidade.

Casei cedo aos 23 anos de idade, mas fui mãe aos 32, por opção.

Quando casei,  eu e Antonio ainda fazíamos a faculdade e depois de formarmos, resolvemos aguardar a vinda dos filhos até nos estabelecermos profissional e financeiramente.

Enfim, quando as crianças vieram, primeiro  Túlio, eu tinha  32 anos de idade e depois Tiago veio, quando eu tinha 34 anos ...






A nossa pacata vida de casal sem filhos girou 180 º.

Uhumm!!!!

Antes vivíamos um para o outro ...

Os horários e responsabilidades eram de cunho profissional.

Assim de duas pessoas, nos transformamos em quatro.

Tudo era novo, o amamentar, o aprender a dormir intercalado, os medos em relação as doenças infantis, as inseguranças quanto ao futuro incerto, as prioridades foram transformadas ...

Tudo junto e separado...

A felicidade de alimentar a prole, do nascimento do primeiro dentinho, da primeira palavra, do aprender os primeiros passinhos, do usar o pinico, de espantar os monstros debaixo da cama, da primeiro dia na escola, da primeira tarefa escolar, do sorriso cúmplice, do olhar puro e confiante em nosso amor eterno e incondicional ...

Não há satisfação maior na vida do que vê-los crescer e apreender com os próprios acertos e erros  e a se tornarem pessoas dignas, sinceras e honestas ...

Estar presente na vida dos meus filhos me possibilita viver novamente momentos de inocência, em valorizar as coisas simples da vida.






Eu aprendo mais do que eles ... Ou melhor reaprendo!!!

O corre corre da vida diária nos impede de  apreciarmos o mundo, olhando-o de maneira curiosa e divertida, tal qual um caleidoscópio colorido.

Estar em companhia dos meus "picachuzinhos"  é aprender a viver o compromisso do hoje, do agora, de maneira intensa e completa ...
   

O amanhã a Deus pertence !!!!

Valores e atitudes que ficaram esquecidas ou entorpecidas em algum lugar na memória  são retiradas do báu. E sentidas plenamente ...

A simples presença deles, a alegria nata, a confusão das tarefas,  o carinho especial, a preocupação com minha saúde, me renova e incentiva a lutar com mais afinco contra o câncer e crer na cura.

Eles são minha fortaleza e meu ponto mais vulnerável.


Trago sempre comigo, o poema do poeta libanês Gibran Kahlil Gibran, que resume o nosso papel enquanto pais que somos e a nossa responsabilidade diante do presente de Deus – Nossos Filhos!!!!




Vossos filhos não são vosso filhos.


São os filhos e filhas da ânsia da vida por si mesmo.

Vem através de vós, mas não de vós. 



E, embora vivam convosco, não vos pertencem.

Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos.

Porque eles têm seus próprios pensamentos.

Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
]


Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.

Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós, porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.

Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.



O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a Sua força para que Suas flechas se projetem rápidas e para longe.



Que o vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria: pois assim como Ele ama a flecha que voa, Ama também o arco que permanece estável."

( De "O Profeta" - Gibran Khalil Gibran )


















2 comentários:

  1. Linda foto, Carla.

    Felizes os pais que tem a consciência que são apenas arcos que arremessam os filhos para a vida.
    E mais felizes ainda aqueles que se deixam encurvar pelo grande Arqueiro para projetar suas flechas.
    Você tem demonstrado ser um arco que possui sabedoria e amor incondicional.
    Te admiro muito!!
    Um beijão

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