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sexta-feira, 2 de março de 2012

E assim caminha a humanidade ...



Ao acordar hoje e checar meus e-mails e o Facebook, li uma mensagem com foto enviada por uma amiga querida – Tammy Rado que, por ora, está residindo nos Estados Unidos – Califórnia.

Na mensagem ela anexa uma foto dela usando um lindo lenço na cabeça e me informa que era para ser um presente surpresa para mim quando do seu retorno ao Brasil (em breve),  mas que ela decidiu postar  desde já!

Ao ler a mensagem, sorri de pronto ao identificar uma das características mais cativantes em Tammy – a sua espontaneidade e entrega.

Então, passei a analisar a perspectiva da influência da internet e das redes sociais na interação das pessoas ...

Vejam só, a Tammy comprou um lenço na Califórnia, tirou uma foto e postou no Facebook. Imediatamente recebi a mensagem aqui no Brasil.

As coisas estão rápidas e dinâmicas nos dias de atuais.


E vejo isso de maneira positiva, com as devidas precauções, é claro!!


Fiz um paralelo rápido, de como era a vida antes da internet e de como a internet veio a facilitar a vida das pessoas.


Em 1985, morei nos Estados Unidos por um ano, fazendo intercambio de jovens, a época através do Rotary Club.

Era uma adolescente e fui na “cara e coragem”, sem ter anteriormente  vivenciado qualquer experiência semelhante no Brasil (nunca havia viajado sozinha).


Assim, fui morar 01 ano em um pais estranho, convivi com duas famílias que nunca havia visto antes, morei em uma cidadezinha com costumes diferentes aos meus, acrescido da barreira do idioma.

E meus amigos, considero essa experiência um marco em minha vida !!!!

No final deu tudo mais do que certo.


Com a experiência adquirida naquele ano, me conheci melhor, vi que tinha capacidade de transpor as adversidades e o desconhecido, mas principalmente aprendi a enfrentar o medo e confiar em meu potencial.


Ganhei duas famílias inteiras que amo e que até hoje, 26 anos depois mantenho contato, via internet quase que diariamente.   


Penso que esse um ano fora, me deu a maturidade que em 10 anos iria adquirir. ( mas, sobre essa experiência falarei em outro post).



Voltamos ao tema.
Naquela época -1985 - para se comunicar e ter noticias da família   ou era por telefone ou era por carta.


Eram no mínimo de 15 a 20 dias para a carta enviada por mim, chegar ao Brasil e outros 15 a 20 dias para obter a resposta!!!


Aguardávamos com ansiedade ás notícias dos nossos amigos, familiares e até as sinopses das novelas da época. rsrsrsrsrsrs


Acreditem que fiz minha mãe escrever os capítulos finais da novela Roque Santeiro !!!!


Essa espera ... A demora ... A imaginação correndo solta ... O coração palpitando no aguardo da resposta é de um romantismo maravilhoso.


E isso também é muito bom!!!

Mas de outra banda, a modernidade é fantástica e tem suas vantagens de igual forma.

Vejam as redes sociais ...

O que eu, Carla, estou experimentando com o Facebook é impar.


São fotos, frases de incentivo, orações, pensamentos ou só o “Curtir” que chegam aos montes ...é prazeroso!!!


O papel das redes sociais é importante, por ajudar as pessoas a manterem amizades separadas pela distância ou pelo tempo.  


Como disse acima, mantenho contato com as duas famílias americanas com que morei, acompanho o crescimento dos filhos desses amigos, interajo com a vida deles, como se estivessem aqui ou numa cidade próxima ...   

As redes sociais ainda possibilitam a união de pessoas com interesses comuns e oportunizam espaço para reflexão e troca de experiências para problemas comuns.


Por exemplo, no site da Oncoguia, existem endereços de blogs que narram as dificuldades e superações de pessoas que tem/tiveram câncer.

 No meu caso, quando acessei há 04 anos atrás, pela primeira vez um blog chamado “Contemporary Cinderella”, que tece sobre as experiências vivenciadas por uma “sobrevivente” de câncer de fígado, me oportunizou um "bem" tremendo, pois a leitura daquele blog, me fez identificar naquelas narrativas, determinadas dúvidas e pensamentos que constatei serem análogos aos meus e na grande maioria dos pacientes com câncer – portanto, via que não era única a passar por todas essas fases.

 Mas como tudo na vida, a rede social deve ser usada de forma adequada, sem exageros  ...
A Igreja Católica, que é essencialmente conservadora, já se rendeu, obedecendo aos cuidados necessários ao uso da Internet.
 
 
O Papa Joaõ Paulo II, em 24 de janeiro de 2002 na Mensagem para a Celebração do 36º dia Mundial das Comunicações Sociais, teceu acerca do  tema “Internet: um novo foro para a proclamação do Evangelho”


A conclusão do Papa João Paulo II foi:
 “ ... Neste Dia Mundial das Comunicações, ouso exortar toda a Igreja a ultrapassar com coragem este novo limiar, para se fazer ao largo da “Net”, de tal maneira que no presente, assim como foi no passado, o grande compromisso do Evangelho e da cultura possa mostrar ao mundo “ a glória de Deus e o rosto de Cristo” ( 2 Cor 4,6). O Senhor abençoe todos aqueles que trabalham em orem a esta finalidade.”
Texto extraído do livro Biografia de João Paulo II, escrito por Frei Patrício Sciadini – pag 94.

Por outro lado, como  já vimos inúmeros vezes na mídia e em estudos sobre a influência negativa das redes sociais, constata-se que o uso exagero das redes sociais pode afastar indivíduos da família, influenciar no rendimento profissional, criar um mundo de “faz de contas”, expor-se de maneira irreparável, entre outras “cositas” mais.
 
 

Entendo, todavia que a interação social que a “rede” possibilita traz muito mais vantagens que desvantagens e cabe ao nós,  aprendermos a usar a “Net”, de maneira produtiva e engrandecedora.


É muito provável que a vida agitada, estressante, de compromissos, aliado ao medo da violência, começou a afastar os seres humanos do convívio direto um do outro.

 

De maneira indireta, as redes sociais permitem uma aproximação mais rápida.
 
 
O corre corre é tanto, que às vezes, desconhecemos o vizinho que mora ao nosso lado!!!


Assim, quando não interagimos socialmente, viramos numa definição simples “um aglomerado de indivíduos que permanecem lado a lado como estranhos.” “Não repartimos as nossas atividades, a vida comum ...” – frases colhidas do Recanto da Letras (via web)  
 
 

Nos isolamos ...


 Penso que de uma forma inconsciente, começamos assim um processo  autodestrutivo, pois se retrocedermos à História do Homem, vemos que nos primórdios da civilização, a raça humana só sobreviveu às adversidades do ambiente – animais, alimentação, catástrofes -  quando, ainda que de maneira rudimentar e empírica, entendeu que deveria  viver em  bandos - em comunidade para se tornar forte.
 
 
Hoje, quando tragédias de proporções consideráveis acontecem: Tsunamis, Tornados, Vulcões, Terremotos, Acidente nuclear, Enchentes e outras, nós – Seres Humanos, instintivamente e no intuito de manter a espécie humana, nos aproximamos do próximo e somos capazes de sair do casulo e ajudar quem está sofrendo e passando por necessidades.

Assim, entendo que não precisamos aguardar as tragédias naturais ou pessoais para nos aproximarmos um dos outros ...


Está em nosso DNA ... interagir socialmente.


Basta deixar fluir, limpar as camadas de “proteção” e liberar o instinto natural do "bem querer"!!!

 

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